A ECOLÓGICA NA LITERATURA DE CORDEL E NA ARTE DA
XILOGRAVURA
É sempre gratificante poder oportunizar aos estudantes e
amantes da arte popular uma experiência artística e literária a partir da
produção de Xilogravura e Cordel (xilocordel), trazendo à tona temas de
primeira grandeza como Ecologia, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Para estas
oficinas utilizaremos uma palavra composta, Eco-xilocordel, a fim de denominar
este momento pedagógico com alunos (as) da Escola Estadual de Educação Profissional
Raimundo Saraiva Coelho. Nesse contexto, o termo eco não significa repetição de um som devido à reflexão das ondas
sonoras,
como está no dicionário de português. Trata-se de uma palavra de origem grega, oikos que significa casa ou morada do
ser. O termo xilo significa madeira e cordel deriva do objeto corda fina ou cordinha, onde penduravam-se
os folhetos de versos e rimas populares vendido nas feiras livres.
Este projeto baseia-se em experiências exitosas da
presença do cordel em sala de aula como conteúdo didático interdisciplinar. São
experiências que comprovam mudanças substanciais na vida cognitiva dos estudantes,
além de promover a valorização das expressões artísticas regionais. Por meio
destas oficinas de CORDEL E XILOGRAVURA (xilocordel) serão desenvolvidas
habilidades diversas no ambiente escolar desde a pesquisa, a escrita, leitura e
interpretação e outros valores humanos. Vale ressaltar que essa nova
metodologia de ensino é prioridade na lei de Diretrizes e Bases (LDB-1996) que
valoriza uma formação ampla do aluno estimulando sua capacidade de descobertas
nas várias dimensões do conhecimento científico, humano e cultural, deixando
para trás o simples exercício de decorar.
No
pensamento de Rui Barbosa constatamos, que “é impossível estar dentro da
civilização e fora da arte”. Com este propósito acreditamos estar promovendo a
inclusão dos jovens estudantes no universo artístico e cultural pelos caminhos
da poesia e da xilogravura. Acreditamos que através desta vivência cultural e
poética o estudante, entra de forma direta em contato com sua própria
subjetividade fazendo emergir reflexões e sentimentos verdadeiros da alma.
Parafraseando
o dramaturgo e romansista George Bernard o espelho está para a revelação do
rosto assim como a arte está para revelação da alma. Freud acreditava que
através da arte as verdades mais essenciais do psiquismo humano são antecipadas,
por isso a arte passa a ser uma grande potência de interrogação de si próprio e
do mundo.
Visamos, pois, promover e ampliar as potencialidades
cognitivas dos estudantes na sua relação com o meio ambiente cultura e a arte
popular, assim como estimular a construção da diversidade de saberes no campo
das ciências humanas, linguagens e códigos, dentre outras.
Professor Edilson
Botelho - 2015
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